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Você conhece o plano trilionário para capturar CO2 do ar e esfriar a Terra?

26 / 05 / 2021 Fique por Dentro

Já imaginou o desenvolvimento de uma tecnologia capaz de retirar gás carbônico da atmosfera e limitar as ações das mudanças climáticas? Essa é uma aposta das usinas de captura direta de ar (DAC, na sigla em inglês), que são grandes plantas industrias que sugam o ar da atmosfera e retiram o CO2 por meio de reações químicas. 

Como funciona o processo de remoção de carbono no ar? 

O dióxido de carbono está presente na proporção de 400 ppm (partes por milhão) na atmosfera, ou seja, 0,04%, um valor praticamente irrisório se comparado a demais gases como hidrogênio (78%) e o oxigênio (21%). Mas mesmo em concentrações tão pequenas, o dióxido de carbono causa grandes efeitos em nossas vidas. 

No processo chamado DAC, o ar é puxado por enormes ventiladores e depois conduzido por meio de um filtro embebido em solução de hidróxido de potássio — produto químico conhecido como potassa cáustica, usado na fabricação de sabão e vários outros produtos. 

O hidróxido de potássio absorve CO2 do ar. O líquido é canalizado para uma segunda câmara e misturado com hidróxido de cálcio, a cal usada na construção civil, que se prende ao CO2 dissolvido, produzindo pequenos flocos de calcário. 

Esses flocos são peneirados e aquecidos em uma terceira câmara, de calcinação, até que se decomponham, liberando CO2 puro, que é capturado e armazenado. Em cada etapa, os resíduos químicos são reciclados. 

Podemos dizer que achamos a solução para resfriar o planeta? 

Não é tão simples como parece, embora a tecnologia se mostre promissora, a quantidade de carbono removida por cada usina ainda é pequena, cerca de 1 tonelada por ano, considerando que a tecnologia ainda é um protótipo. 

Outro entrave para o desenvolvimento do método de capturar o CO2 é o preço, atualmente o método DAC tem custo estimado acima de 100 dólares por tonelada removida. 

A expectativa é que com a expansão das usinas, o preço caia a valores competitivos, como ocorre hoje em dia com energia eólica, solar ou biomassa. Opções que, muitas vezes, são mais baratas que energia gerada por hidrelétricas ou a carvão. A estimativa é que seja necessário um investimento na ordem de 15 trilhões de dólares para a construção de usinas com essa tecnologia para retirar 10 bilhões de toneladas de CO2 por ano (quantidade necessária de carbono que precisa ser removido da atmosfera para frear o aumento da temperatura). 

Para limitar o aquecimento do planeta em 1,5°C, temos que pensar em vários cenários. O primeiro deles é zerar totalmente as emissões de gás carbônico até 2050 e posteriormente a issonecessitamos retirar o gás da atmosfera. Portanto, investir em tecnologias é uma opção. 

A forma mais eficiente de controle de temperatura é com o plantio de árvores, mas calcula-se que seja necessário replantar uma área do tamanho dos Estados Unidos para conter as mudanças climáticas e o aquecimento do planeta, o que poderia encarecer itens básicos da alimentação humana. 

Se for muito barato retirar carbono do ar, pode ser que não tenhamos empenho suficiente para diminuirmos nossas emissões e baixar nossa pegada de carbono. 

Cientistas tratam a década que vivemos como a última chance real de freamos o aquecimento global e para isso precisaremos de várias frentes: máquinas para retirar gás carbônico do ar, aumentar a eficiência de nossos equipamentos, reflorestar áreas degradadas, ser mais consciente com o descarte de resíduos. 

 

https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-56666644

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2021/04/25/o-plano-trilionario-para-capturar-co2-do-ar-e-esfriar-a-terra.ghtml

https://www.terra.com.br/economia/o-plano-trilionario-para-capturar-co2-do-ar-e-esfriar-a-terra,3f85ef5ed1de7b7b8584590c1008cb5c89lxinra.htm


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