Os últimos meses têm exigido uma grande resiliência para a população brasileira. De Norte a Sul estamos enfrentando momentos climáticos extremos: falta de chuva, enchentes e calor extremo. Todos esses fenômenos podem parecer extremamente opostos em um primeiro momento, mas estão interligados pelas suas causas e consequências.

Assim como o homem pode interferir negativamente no clima e no ecossistema que está inserido, as suas atitudes também podem contribuir positivamente para a mudança de cenários e a prevenção de eventos extremos. Nesse cenário a preservação ambiental se mostra um aliado muito importante na prevenção de secas e enchentes.

A preservação ambiental é uma ferramenta importante na prevenção das secas e na manutenção dos recursos hídricos. A preservação das florestas e outros ecossistemas naturais desempenham papel fundamental no clima e regulação das chuvas. Florestas possuem a grande capacidade de absorverem água da chuva e liberarem aos poucos para o solo em momentos mais secos, funcionando como verdadeiras esponjas. Além disso, os ecossistemas naturais ajudam a manter a umidade do ar, que ajuda a evitar períodos secos.

Outro papel fundamental que a preservação ambiental desempenha é na redução da poluição. A poluição de corpos de água e da atmosfera podem prejudicar o ciclo de águas e das chuvas, tornando mais difícil a absorção de água pelo solo e pelas plantas. A poluição pode aumentar os níveis de evaporação da água, potencializando períodos mais secos.

Por outro lado, a preservação de ambientes naturais também auxilia na prevenção de enchentes. Rios que possuem uma mata ciliar preservada e com grande presença de espécies nativas estão menos propensos a causar enchentes, pois as árvores ajudam na regulação do nível dos rios, evitam o assoreamento das margens, mantém a capacidade de absorção de água da chuva e contribuem para uma melhor qualidade da água.

A manutenção de ambientes naturais em meio às zonas urbanas é uma ferramenta de planejamento urbano, mas também de adaptação às mudanças do clima. As cidades precisam ser planejadas de uma forma que não haja ocupação de áreas de risco de inundação (várzeas de inundação) e nem locais com riscos de deslizamento de terra como encostas de morro. O uso de cobertura vegetal e vegetação nativa auxilia nos sistemas de drenagem e na recarga d’água dos aquíferos.

Abaixo listamos alternativas específicas que ajudam na preservação do meio ambiente e na manutenção do clima local:

1. Plantar árvores e outras plantas nativas.

2. Reduzir o desmatamento e a degradação florestal.

3. Proteger as nascentes e os corpos d'água.

4. Planejar cidades de forma a evitar a ocupação de áreas de risco de inundação.

5. Construir sistemas de drenagem eficientes.

Pensarmos na preservação ambiental como instrumento para combater secas e enchentes é essencial. Ao mantermos nossos ecossistemas naturais, auxiliamos no equilíbrio do meio ambiente e assim podemos garantir um futuro mais seguro, com maior disponibilidade de água e com menores riscos de enchentes.

Referências:

5 maneiras fáceis de contribuir no combate às enchentes - Portal (portalsustentabilidade.com)

Cidades-esponja: conheça iniciativas pelo mundo para combater enchentes em centros urbanos | Mundo | G1 (globo.com)

A Importância da Preservação das Áreas Úmidas como Mecanismo (nucleodoconhecimento.com.br)

Mudanças climáticas: como o aquecimento global afeta a vida no Brasil | National Geographic (nationalgeographicbrasil.com)

Serviços Ecossistêmicos — Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (www.gov.br)

Quão importante é a vegetação ao longo dos rios? - ((o))eco (oeco.org.br)