Embalagem reciclável, biodegradável e compostável: quais as diferenças?
15 / 07 / 2022 CuriosidadesProvavelmente você já deve ter reparado na onda de informações sobre o descarte de resíduos. Esse tipo de campanha ganhou nossos olhos há alguns anos, com o grande debate sobre canudos plásticos e embalagens descartáveis. Várias cidades passaram a proibir produtos de uso único e estipularam uma data para proibir embalagens que agridem o meio ambiente.
Entretanto, essa não é uma tarefa tão simples. Novas alternativas surgiram como canudos e copos de papel ou metal, embalagens biodegradáveis, feitas a partir de algum polímero natural como cana de açúcar ou soja e mesmo os materiais que podem ser compostados.
O mais comum e mais antigo exemplo são os materiais recicláveis, os quais são identificados pelo símbolo de reciclagem, quando o fluxo é cíclico. Assim o resíduo é capaz de reprocessamento, entrando novamente na cadeia de produção. Alguns materiais podem ser reciclados infinitamente, como o vidro e metal, sem perder suas principais características. Esse é um mercado que ainda rema contra a maré em nosso país, menos de 3% de tudo que é produzido é reciclado e esse número poderia ser pelo menos dez vezes maior.
Já os materiais biodegradáveis são aqueles produzidos com tecnologia a qual possibilita sua desintegração no meio ambiente em menos de ano sem qualquer necessidade de tratamento especial. Isso é um grande avanço, pois o volume de rejeitos descartados é reduzido e os componentes se degradam no meio ambiente em poucos meses, sem a necessidade de grandes investimentos para a disposição final.
As embalagens biodegradáveis se resumem geralmente em plásticos comuns do nosso dia a dia, mas que possuem alguns componentes em sua formulação que ajudam na quebra dos componentes e simulam uma biodegradação. Esse tipo de material apresenta rápida degradação, mas a quebra do material resulta em pequenas partículas chamadas de microplásticos, encontradas atualmente em todos os cantos do planeta.
Por fim, as embalagens compostáveis servem como fonte de nutrientes para o solo, principalmente em condições de umidade e calor favoráveis.Diferentemente dos biodegradáveis, que são apenas quebrados em pequenas partículas, mas permanecendo no meio ambiente. Ambas as alternativas podem e devem ser usadas frente à necessidade de uso de plásticos e demais materiais, já que a reciclagem ainda apresenta cenário deficitário.