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Redução do consumo de recursos naturais: o que esperar com a retomada da economia em 2021?

25 / 06 / 2021 Fique por Dentro

O ano de 2020 certamente será um dos mais marcantes da história, afinal, foi o ano em que a pandemia de Covid-19 ganhou o mundo e mudou as nossas vidas de forma muito singular. Em geral, as mudanças que vivemos no ano passado não foram das melhores: isolamento social, não poder encontrar e abraçar parentes e amigos queridos, trabalhar em home office, desemprego, empresas fechando.

Mas nem todas as consequências foram ruins. Se, por um lado, a sociedade e economia sofreram (e ainda sofrem) as graves consequências do coronavírus, o meio ambiente ganhou um respiro. Depois de décadas de pressão sobre o meio ambiente, pela primeira vez, os números indicaram uma queda na demanda de recursos naturais, além de grande diminuição das emissões de gases de efeito estufa. Mas como será que ficarão os números agora nesse ano?

O ano de 2020 mostrou a duras penas que conseguimos pressionar menos a natureza que nos cerca e alguns números foram muito expressivos, como:

  •  A pegada ecológica do planeta terra diminuiu 9,3% (quantidade de recursos naturais demandados pela humanidade);
  • -14,5% de emissões de gases de efeito estufa lançados na atmosfera;
  • Demanda de produtos florestais e madeireiros caiu 8,4%.

Analisando os números podemos concluir que a menor demanda de indústrias e serviços acarretou a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, da demanda por recursos naturais e produtos florestais. Mas fomos além disso, vários relatos de melhoria da qualidade de água e de avistamento de animais silvestres nas ruas das cidades. Com menos movimentação de pessoas, principalmente nos primeiros meses de pandemia ou momentos de lockdown, animais como pumas, raposas, alces, cervos e outros puderam ser vistos nas cercanias de cidades e povoados, locais em que antes nem se cogitava poder observá-los.

O que se teme é que essa queda da poluição ambiental seja temporária e fruto apenas da crise econômica. Com o avanço da vacinação nos países ao longo de 2021, é previsto que esses indicadores passem por um efeito rebote, ou seja, aumentem de forma muito rápida, para compensar a perda econômica e de produção dos meses de pandemia.

Outros indicadores mostram que o coronavírus teve efeitos adversos, como o aumento da produção de resíduos hospitalares, 40% a mais de geração de embalagens plásticas (devido ao aumento de pedidos online) e maior necessidade de banda de internet.

Ao que tudo indica, essa queda de poluição ambiental está atrelada a duração da pandemia. No momento em que a crise passar, as emissões e poluição tendem a aumentar em ritmos maiores do que em períodos pré-pandêmicos, efeitos já observados em outras crises.

Não iremos salvar a natureza com uma pandemia ou com um vírus, mas essa pode ser a porta de entrada para discussões maiores. Vimos que podemos trabalhar de casa, sem a necessidade de emitir milhões de toneladas de carbono no trânsito engarrafado. Aprendemos a funcionalidade de meios digitais para várias operações que antes exigiam impressões e gastos de papel. Sabemos que é necessária uma mudança muito maior, mas esse pode ter sido o pontapé inicial para a transformação que buscamos.

 

https://pt.venngage.com/blog/coronavirus-impacto-ambiental/

https://www.wwf.org.br/overshootday/


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