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Lixão, aterro controlado ou aterro sanitário: para onde vão os nossos resíduos?

19 / 10 / 2021 Curiosidades

Quando você coloca sua sacola de lixo na lixeira, à espera da coleta pública de resíduos, você sabe o que acontece com os dejetos depois de coletados? Para onde vão ou mesmo qual tratamento recebem?

 

Essas são perguntas que geralmente não fazemos ao descartarmos nossos resíduos. No momento em que o caminhão passa por nossas residências e sua equipe recolhe o material, o problema está “resolvido”. Entretanto, o processo não é simples. Devemos entender um pouco sobre o que acontece depois que esse resíduo é coletado e como ele recebe diferentes destinações para mais de 210 bilhões de brasileiros.

Somos o 4º maior produtor de resíduos do mundo e temos uma das piores destinações finais dentre todos os países estudados. Dados de 2020 apontam que no Brasil são gerados anualmente 79 milhões de toneladas de resíduos urbanos, dos quais 90% são coletados. Ou seja, 7 milhões de toneladas possuem destinação incerta. Dos 72 milhões de toneladas de resíduos coletados anualmente, 17,5% vão diretamente para lixões a céu aberto, 23% são encaminhados para aterros controlados e 59,5% são enviados para aterro sanitário.

 

Mas qual a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário?

Lixão – é a pior forma de disposição final dos resíduos, pois é um grande depósito a céu aberto, sem qualquer controle. Geralmente é uma solução para cidades pequenas ou regiões mais pobres do nosso país. Não há qualquer planejamento ou medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. Os resíduos, de todos os tipos, são depositados misturados – desde domiciliares, urbanos, industriais e hospitalares e sem qualquer controle de geração ou acesso. Nesses locais, há geração do chorume, líquido gerado pela decomposição dos resíduos o qual pode contaminar solo e lençol freático. O tema foi um dos pontos mais debatidos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (LF 12.305/2010), que previa o encerramento de todos os lixões até 2014.

 

Aterro controlado – é uma forma intermediária entre o lixão e o aterro sanitário, sendo muito comum ser uma melhoria operacional e física de antigos lixões. Ainda há contaminação do solo e de águas superficiais, pois não há qualquer sistema de coleta de chorume e gases nocivos ou impermeabilização do solo. A grande diferença para o lixão é que a área é isolada, com controle de acesso e somente resíduos não perigosos podem ser direcionados. O lixo é compactado e coberto com uma camada de solo após cada jornada de disposição, após o seu encerramento, o local recebe uma camada de argila e solo e é realizado o plantio de gramíneas.

 

Aterro sanitário – é a melhor maneira técnica de disposição de resíduos atualmente. Conforme a NBR 8419/1992, aterros sanitários diminuem os impactos ambientais previnem problemas relacionados à saúde pública. A norma especifica que a vida útil mínima de aterros sanitários deve ser de 25 anos, pois estes demandam características específicas para sua instalação. Os resíduos são totalmente compactados e cobertos por camadas impermeabilizantes. As principais características dos aterros sanitários são:

  1. Impermeabilização de base e laterais;
  2. Recobrimento diário dos resíduos;
  3. Cobertura final das plataformas de resíduos;
  4. Coleta, drenagem e tratamento de lixiviados (chorume e água pluvial);
  5. Coleta e tratamento de gases;
  6. Drenagem superficial;
  7. Monitoramento técnico e ambiental.

O chorume é coletado e encaminhado para tratamento, através de uma rede de coletores. Os gases gerados na decomposição de matéria orgânica são direcionados para canalizações para queima ou tratamento voltado para geração de energia. Os resíduos são totalmente compactados e cobertos por uma camada de argila após o encerramento das valas. O local é coberto por terra com plantio de gramíneas e a área fica isolada, sem uso posterior.

O problema dos lixões poderia ter tido seu fim em 2014, mas poucas cidades conseguiram cumprir com o prazo estimado. Com o novo marco do saneamento básico, os prazos foram adequados – capitais e regiões metropolitanas tiveram até agosto de 2021 e pequenas cidades ainda têm até 2024 para regularizar o seu sistema de geração de resíduos. A coleta já possui uma grande cobertura em nosso país, o maior problema ainda é a destinação final e o reaproveitamento dos materiais.

 

https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2021/06/aumento-da-producao-de-lixo-no-brasil-requer-acao-coordenada-entre-governos-e-cooperativas-de-catadores

https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/qual-a-diferenca-lixao-aterros-e-compostagem

https://meuresiduo.com/geral/qual-e-a-diferenca-entre-aterro-sanitario-aterro-controlado-e-lixao/

https://antigo.mma.gov.br/mmanoforum/item/15708-diferen%C3%A7a-entre-lix%C3%A3o-e-aterro-sanit%C3%A1rio.html


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