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Tratamento de esgoto no Brasil: entenda como é feito e qual a sua importância!

03 / 09 / 2021 Fique por Dentro

Você já parou para pensar o que acontece com o esgoto sanitário depois que ele sai de nossas casas? Qual caminho percorre, como é tratado e quais impactos ambientais causa?

No ano passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou um estudo denominado Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), que traz os números mais atualizados sobre saneamento básico e esgotamento sanitário no país. Mesmo com a conquista de avanços nas últimas décadas, foram divulgados, como resultado da pesquisa, números assustadores. Confira alguns abaixo:

  • 4 em cada 10 municípios do país não realizam nem mesmo a coleta dos efluentes sanitários;
  • Mais de 34 milhões de domicílios não possuem quaisquer serviços de saneamento básico, o que representa mais de 49% das residências brasileiras;
  • Apenas 67% de todo o esgoto gerado em nosso país é coletado;
  • Desse total coletado, 77,1% recebem tratamento em Estações de Tratamento de Efluentes.

 

E, afinal, como funciona o tratamento do esgoto brasileiro?

Se formos considerar o cruzamento de dados entre o que é coletado e o que é devidamente tratado, somente 43% da população possui coleta e tratamento adequado dos seus efluentes. Tem-se como possíveis etapas do processo: gradeamento, desarenação, remoção de gorduras, tratamento biológico, decantação, desinfecção, oxigenação e por fim o descarte.

São 9,1 milhões de toneladas de esgoto geradas por dia em nosso país. Cada indivíduo gera, aproximadamente, 43 litros/dia de efluente, o suficiente para encher mais de 4.800 piscinas olímpicas apenas com esgoto sanitário.

Confira a distribuição dos 9,1 milhões de resíduos:

  • 3,9 milhões de toneladas de efluentes são coletadas e encaminhadas para tratamento coletivo (43%);
  • 1,1 milhão de toneladas é direcionado para fossas sépticas (12%);
  • 1,7 milhão de toneladas é coletado, mas não recebe tratamento adequado (18%);
  • 2,4 milhões de toneladas são descartadas, sem tratamento, a céu aberto (27%).

 

E quais são as consequências do não tratamento?

Lançar esgoto sem tratamento adequado compromete a qualidade das águas em áreas urbanas e rurais. Além de causar impacto na saúde pública, fauna e flora, o lançamento inadequado de efluentes também dificulta o atendimento de normas ambientais, abastecimento humano, balneabilidade e irrigação.

Os rios brasileiros são classificados de acordo com sua faixa de qualidade de água, conforme a Agência Nacional de Águas (ANA). Mais de 110.000 km de trechos de rios no Brasil se encontram ambientalmente comprometidos por conta do excesso de matéria orgânica nas águas (consequência direta do lançamento do esgoto sem tratamento). Em cerca de 83.000 km já não é mais permitida a captação de água para abastecimento público devido à poluição e em 27.040 km a captação pode ser feita, mas requer tratamento avançado.

A única solução para o dilema de tratamento de esgoto é o investimento em saneamento básico. Com o Marco Regulatório do Saneamento Básico, estão sendo previstos como necessários 149,5 bilhões de reais até 2035 em obras de coleta e tratamento de esgoto em todo o país. Somente com o acesso à coleta e posterior tratamento correto dos efluentes domésticos poderemos melhorar esses índices.

 

http://atlasesgotos.ana.gov.br/#

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/28326-quatro-em-cada-dez-municipios-nao-tem-servico-de-esgoto-no-pais#

https://www.snirh.gov.br/portal/

 

 


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