Estimativas dos cientistas contabilizam cerca de 8 milhões de espécies no planeta terra, deste total, pouco mais de 1,25 milhões estão descritas pela ciência, conforme estudo científico publicado na revista Plos Biology.

Dentre os animais, a proporção de hábitos de vida noturno e diurno é muito proporcional, visto que cada hábito tem seus prós e contras. A busca de alimentos durante o dia garante maior acesso visual a recursos e alimentos, mas também torna-se mais fácil de ser avistado por predadores. Preferência pela noite traz menos concorrência, já que vários animais estão dormindo, mas também é um horário preferido de caça por grandes predadores.

Pesquisadores do mundo todo revisaram a bibliografia sobre os horários preferidos de animais e como a interação com o ser humano estava mudando as suas preferências e após revisarem mais de 75 estudos sobre o tema, publicaram o resultado na Science, uma das revistas científicas mais renomadas do mundo.

Os dados revisados foram surpreendente ao revelar que:

1.  83% dos animais estudados apresentaram aumento de atividade noturna;
2. Diferentes tipos de estresses ambientais afastam os mamíferos selvagens da mesma forma, seja uma trilha para caminhada ou mineração;
3. A saída noturna ficou 68% maior entre as espécies estudadas.

O que mais incomoda os animais para ficarem mais ativos no crepúsculo?

O estudo mostra que diferentes fatores podem perturbar os animais, mesmo pequenos distúrbios e impactos ambientais já são suficientes para ligar o alerta nessas espécies.

Caça, extração de minérios, agricultura, trilhas de caminhada que passam por áreas florestadas são igualmente eficientes para espantar a fauna, independente do seu grau de letalidade ou incômodo.

O que pode acontecer com essas espécies que preferem a noite?

Mudar subitamente a sua preferência biológica de dia para noite pode trazer vários impactos para essas espécies, por mais que evitar o contato com o ser humano tenha efeitos positivos, há pontos negativos: 

• Mudanças bruscas na dieta, pois o acesso a alimentos fica limitada e menos visível;
• Escapar de predadores pode se tornar mais difícil;
• Conseguir parceiros sexuais tende a diminuir;
• Espécies podem aumentar ou diminuir por estar mais ou menos expostas a predadores.

Esses estudos mostram que a simples existência humana coloca em risco a sua convivência com espécies silvestres, por mais que o impacto causado não seja visível aos nossos olhos, as suas consequências podem ser severas para o meio ambiente.

Gostou deste texto? Compartilhe com a sua rede social e vamos juntos em busca de novos hábitos ambientais em prol do meio ambiente.