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Por que os animais estão mais próximos das cidades durante a quarentena?

03 / 06 / 2020 Fique por Dentro

Conseguir enxergar um animal em seu habitat é cada dia mais difícil. Os bichos vivem isolados a pequenos refúgios de vida silvestre e quando eles invadem as cidades algo de estranho está no ar: eles perderam o medo dos humanos ou se arriscam na busca de alimentos.

Aqui no Brasil estamos indo para mais de dois meses de isolamento social, durante a pandemia de Coronavírus. Nesse período vários relatos de países que também estão em quarentena chamam a nossa atenção, pois populações de animais estão sendo vistas nas cidades ou locais onde não eram mais avistados.

Desde leões marinhos dormindo calmamente na costa da Argentina, veados descansando nos gramados em meio às casas na Inglaterra, pumas sendo avistados em vilarejos do Chile, pavões passeando nas ruas da Índia. Esses e muitos outros relatos nos surpreendem.

Será a natureza pedindo uma nova chance de convivência com o homem?

Em todos estes casos, a maior diferença é que as pessoas estão ficando em casa, as cidades estão menos poluídas e com menos movimento. Depois de semanas assim, naturalmente os animais se aproximam.

Com menos circulação de pessoas nas ruas o barulho das cidades já não incomoda tanto os bichos e eles sentem-se mais à vontade para circular por ambientes próximos de onde vivem. É o meio ambiente dando um sinal que ele pode se recuperar, que bastam poucas atitudes, mas com impacto positivo para que haja equilíbrio entre natureza e ser humano.

E na sua cidade, como observar isso? Alguma vez você já foi acordado em plena madrugada pelo canto de um pássaro?

A percepção de que os pássaros estão cantando cada vez mais cedo chamou a atenção de alguns estudiosos do estado de São Paulo, que criaram o projeto Hora do Sabiá, que busca acompanhar e comparar o canto dessa espécie na capital paulista com cidades do interior. 

Os biólogos sabem que o sabiá-laranjeira, ave símbolo do Brasil, é territorialista e usa o seu canto para demarcar seu espaço e escolher onde vai viver. Quem canta mais alto, tem os locais com mais comida disponível, mais recursos para sua sobrevivência.

O mais curioso foi saber que os sabiás da capital começam a cantar 5 horas antes dos seus parentes do interior e param de gorjear 4 horas depois, passam o dia cantando, literalmente.

Uma das conclusões do projeto é que a luminosidade excessiva em áreas urbanas atrapalha a definição de dia dessas aves, sem horário certo para escurecer e amanhecer e, por isso, os pássaros cantam por mais tempo. Assim como em momentos de muito trânsito e consequente barulho, quase não se escuta o gorjeio dos pássaros. Cantar de madrugada ou tarde da noite é uma forma de fugir do barulho e incomodo que causamos.

Preste atenção nas próximas manhãs ou madrugadas se os sabiás ainda estão tirando o seu sono ou cantando mais tarde. Pode ser que a gente não veja uma onça passeando na rua, um papagaio voando sobre nossa casa, mas podemos escutar o canto dos pássaros na hora certa e entender que tem o mesmo significado.

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