Quando falamos sobre o mercado global antes e durante a pandemia, a maioria dos setores econômicos apresentaram retração ou crescimento exponencial devido ao aumento da demanda. Mas imagine um setor da economia que cresce ano a ano e, mesmo durante a pandemia de covid-19, segue em alta no crescimento.

Alimentação, agricultura, metalurgia, serviços? Nada disso! O setor mais constante no crescimento econômico nos últimos anos é o de beleza. Com um crescimento contínuo, o setor demonstra que os consumidores seguem buscando se cuidar, aumentar sua autoestima e sentir-se bem.

Conforme uma pesquisa realizada pelo Euromonitor Internacional, o nosso país é o quarto maior consumidor de produtos de beleza e cuidados pessoais em todo o mundo, ficando atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão quando falamos de cosméticos, produtos de beleza e cuidados com o cabelo. Já quando falamos em perfumaria, nossos consumidores representam o segundo maior mercado do mundo, sempre representando crescimento acima da inflação, nunca retraindo de um ano para o outro.

Mas seria inevitável que questões ambientais batessem à porta do mundo da beleza. Se pensarmos no mercado brasileiro, 5 marcas representam quase 50% de todos os negócios e produtos que são consumidos. Cada dia mais, essas marcas são cobradas sobre suas responsabilidades e impactos ambientais, seja sobre a produção e testagem dos produtos e principalmente sobre suas embalagens.

Dada essa preocupação com o meio ambiente, consumidores e empresas começam a buscar alternativas para os problemas ambientais relacionados ao setor de beleza. Frascos, potes ou bisnagas: essas e outras formas de acondicionar os produtos respondem por mais de 80% das impressões que os consumidores possuem das marcas. Pensando nisso, o conceito de Clean Beauty surgiu, o qual em tradução livre significa “beleza limpa”, sem impactos ambientais ou causando o menor impacto ambiental possível.

Veja abaixo quais são as alternativas encontradas pelo setor de beleza e cuidados pessoais para se adequar às demandas do mercado:

1. REFIL – adotarmos o uso do refil pode reduzir em até 80% o uso dos plásticos no setor de beleza. Embora seja menos atrativo do ponto visual, o aspecto ambiental, social e econômico é uma vantagem frente ao uso de uma embalagem nova a cada compra.
2. PLÁSTICO RECICLÁVEL – usar plásticos recicláveis na produção das embalagens é uma das melhores formas para diminuir o impacto ambiental e evitar que o material fique mais de 100 anos no meio ambiente. Podem ser usados plásticos aptos a reciclagem e propor linhas de produtos com embalagens feitas a partir de resíduos reciclados.
3. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL – vários setores da economia possuem metas de reciclagem de suas embalagens, embora a logística reversa seja um tema complicado pela logística envolvida, cada vez mais comum é a presença de empresas e cooperativas que trabalham com a compensação de reciclagem de embalagens ou créditos de reciclagem.
4. USO DO PAPELÃO – o papelão é uma boa alternativa para algumas embalagens, podendo ser usado para armazenar maquiagens, diminuindo em muito o uso dos plásticos sem comprometer a qualidade dos produtos.

É notório que os setores da economia respondem às demandas e dores dos consumidores e na beleza e cuidados pessoais isso não é diferente. Quanto mais os consumidores falarem e exigirem uma mudança de postura e uso de matérias primas pelas marcas, mais o setor vai propor alternativas com menos impactos ambientais.

https://conectaverde.com.br/beleza-sustentavel-marcas-novas-e-consagradas-mostram-que-e-possivel-criar-produtos-de-qualidade-e-diminuir-o-impacto-ambiental/

https://claudia.abril.com.br/beleza/olho-no-rotulo-os-simbolos-de-beleza-sustentavel-nas-embalagens/

https://forbes.com.br/principal/2020/07/brasil-e-o-quarto-maior-mercado-de-beleza-e-cuidados-pessoais-do-mundo/