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Obsolescência programada de eletrônicos: por quanto tempo você usa o mesmo telefone celular?

14 / 04 / 2020 Curiosidades

Você já deve ter escutado alguém comentando que antigamente as coisas duravam mais. Não é apenas uma impressão, eletrônicos e eletrodomésticos são fabricados com componentes que tem um tempo de vida útil, uma obsolescência programada, eles são fabricados para durarem menos.

Esse menor tempo de durabilidade é algo programado pelos fabricantes, com o objetivo de aumentar a frequência das compras e maximizar o lucro das empresas.

Pode parecer uma prática moderna, mas há relatos do início do século XX, no qual catálogos publicitários voltados para a indústria mencionavam que produtos que não estragam são prejudiciais aos negócios.

Um dos itens de maior consumo e que mais são trocados no mundo todo são os aparelhos celulares, os smarthphones. Dados da GSMA (organização internacional de empresas que atuam com redes móveis), estimam que no mundo temos mais de 5 bilhões de aparelhos, ou seja, 67% da população mundial tem um celular na mão.

Segundo pesquisa publicada em 2015, o brasileiro troca de smartphone a cada 18 meses, americanos a cada 2 anos. Ambos comportamentos demonstram um consumismo desenfreado e pouco tempo de vida útil dos aparelhos.

A obsolescência programada e o avanço tecnológico geram o descarte de milhões de toneladas de resíduos eletrônicos. Em termos econômicos, são US$ 62,5 bilhões/ano desperdiçados, maior que o PIB de países como Paraguai e Uruguai e maior que o rombo fiscal do Brasil em 2018 e 2019.

Mas por que descartar se podemos consertar?

Conforme levantamento do Eubarômetro, em 2014, quase 80% dos consumidores europeus eram favoráveis a consertar os seus celulares, mas desistem devido ao alto preço embutido nas peças de reposição e falta de suporte para modelos mais antigos.

Anualmente, jogamos fora uma grande quantidade de lixo eletrônico, cerca de 50 milhões de toneladas, pelas estimativas da ONU. É o tipo de resíduo que mais cresce no mundo, em torno de 5% ao ano. Em todo o planeta, somente 20% de todo esse material é reciclado, em países como o Brasil menos de 2%, o que significa que somente em nosso país, mais de 1,4 milhões de toneladas de eletrônicos não são reciclados e não recebem o devido tratamento.

A falta de políticas e ineficiência na reciclagem desses resíduos, nos expõe à contaminação ambiental.

O descarte indevido de equipamentos eletrônicos favorece a contaminação do solo, dos lençóis freáticos e águas superficiais, devido à presença de metais pesados, como chumbo, cádmio, cobre, bromo e níquel. Tais substanciais são bioacumulativas, ou seja, vão se acumulando ao longo de nossas vidas e não são eliminadas, podendo causar problemas de saúde.

E você, troca de telefone de quanto em quanto tempo? Já parou para pensar no impacto ambiental que isso causa?

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