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Camada de Ozônio: como está depois de 35 anos da assinatura do Protocolo de Montreal

02 / 06 / 2022 Fique por Dentro

Atualmente, a guerra contra as mudanças climáticas domina as manchetes de notícias e pautas sobre sustentabilidade. Há cerca de 40 anos atrás a discussão era outra: o enfraquecimento da camada de ozônio. 

 

Em volta de nosso planeta, há uma fina e frágil camada, localizada acima da superfície terrestre, na estratosfera, cerca de 15 e 50 km sobre nossas cabeças está a camada de ozônio (O3). Nessa faixa está concentrado cerca de 90% do ozônio presente em nossa atmosfera. 

Na superfície, esse gás é prejudicial para o ser humano e outras formas de vida. Mas nessa faixa de altitude, o ozônio desempenha papel importante para a manutenção da vida como conhecemos em nosso planeta, sendo capaz de absorver até 99% da radiação ultravioleta de alta frequência do sol – que é altamente prejudicial para o ser humano e demais animais. 

Sabemos que o pouco de radiação que chega até a superfície terrestre ainda é capaz de causar problemas de saúde, como câncer de pele, debilitação do sistema imunológico e até mesmo contribuindo como um gatilho para doenças como a herpes. Mas os seres humanos não são os únicos sensíveis, altos níveis de radiação ultravioleta podem debilitar plantas e animais, reduzir a produção agrícola e oferta de alimentos, a vida marinha pode ser afetada, principalmente o plâncton que é responsável pela maior absorção de CO2 e produção de oxigênio do mundo. 

 

Ao longo dos anos 1970, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez um buraco na camada de ozônio sobre a Antártica e desde então os registros mostram que além de haver um buraco, nos polos a camada está diminuindo de espessura. Ao decorrer dos anos seguintes, a comunidade científica alertava governos e sociedade sobre o perigo da perda da camada de ozônio, até aquele momento sem clareza do que causava isso. 

Pouco tempo depois, pesquisadores conseguiram estabelecer relações entre os clorofluorcarbonos (CFCs) e o aumento dos buracos na camada de ozônio. Muito populares por sua baixa toxicidade, praticidade e preço, os CFCs eram amplamente usados na indústria de refrigeração, em geladeiras, sistemas de ar-condicionado, aerossóis e isoladores de calor. Somam-se a isso os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. 

 

Como está a Camada de Ozônio atualmente? 

Após discussões ao longo dos anos 1980, foi assinado em 1987 o Protocolo de Montreal, tido como o maior acordo de cooperação internacional até o momento, pelo qual todos os países que assinaram se comprometeram a eliminar o uso dos CFCs. O protocolo entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 1989 e atualmente as emissões de CFC caíram a níveis mínimos. 

Com tal empenho de governos, sociedade e empresas a camada de ozônio começou a dar sinais de melhora anos mais tarde. Pesquisas da NASA indicam que houve uma recuperação de 20% da camada sobre a Antártica até 2016, se comparado com 2005. Mesmo que haja a eliminação do uso de CFCs é necessário certo tempo para que os poluentes diminuam na atmosfera. Estudo posterior, de 2018, demonstrou que a quantidade de produtos químicos destruidores da camada de ozônio estava diminuindo e que ela estava se recuperando. 

 

Conforme especialistas no tema, a recuperação completa da camada de ozônio deve ocorrer em meados de 2050. Isso demonstra que um esforço global sobre um mesmo tema pode trazer resultados expressivos, se todos colaborarem. Isso serve de espelho para o Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura da terra, mas que só conseguirá êxito se todos os atores envolvidos demonstrarem comprometimento com medidas concretas.

 

https://agencia.fapesp.br/estudo-na-antartica-confirma-quanto-mais-fina-a-camada-deozonio-maior-e-o-dano-do-sol-na-pele/35231/

https://revistapesquisa.fapesp.br/menos-ozonio-sobre-os-tropicos/

https://www.tecmundo.com.br/ciencia/225550-buraco-camada-ozonio-2021-maiorantartica.htm#

https://www.bbc.com/portuguese/geral-59053884


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