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Rota do plástico: da lixeira até os oceanos

10 / 06 / 2022 Curiosidades

Nos últimos anos, uma série de países, governos e prefeituras baniram o uso de plásticos descartáveis, como copos ou canudos. Em seu lugar, itens reutilizáveis ou biodegradáveis ganharam preferência. O plano de fundo para essa troca é o impacto ambiental que os plásticos causam na vida marinha.

Conforme o Fórum Econômico Mundial, até 2050 o volume de lixo nos mares será igual ou superior a quantidade de peixes em todos os oceanos. Todo e qualquer plástico no meio ambiente é de origem humana, predominantemente feito à base de petróleo, com apenas uma pequena parte sendo produzida com outros tipos de matérias-primas.

Calcula-se que mais de 11 milhões de toneladas de plásticos chegam aos oceanos a cada ano e até 2040 esse volume deve aumentar 3 vezes. Se pegássemos todo esse lixo plástico e espalhássemos por praias do mundo todo, cada metro quadrado de areia teria cerca de 50 kg de plásticos.

Mas de onde vem todo esse plástico que chega aos oceanos?

  • 35% de tecidos sintéticos;
  • 28% de pneus;
  • 24% de lixo urbano;
  • 2% de produtos de higiene pessoal;
  • 11% de outras fontes.

Podemos perceber que todos os plásticos que chegam aos oceanos fazem parte do nosso dia-a-dia, desde uma embalagem de pasta de dente até roupas que usamos e descartamos incorretamente. Indiferente do tipo de plástico, cada um desses itens leva mais de 200 anos para se decompor, alguns até 500 anos e o tempo de uso de alguns não passa de poucos minutos, como as sacolas de mercado, que têm um tempo de uso estimado de 20 minutos.

Outra preocupação são as máscaras descartáveis, que são feitas 100% à base de plásticos, usadas poucos minutos ou dias (dependendo do tipo) e são descartadas. Estima-se que mais de 35% de todos os plásticos produzidos são de uso único e depois descartados.

Não temos um vilão da chegada dos plásticos aos mares, mas uma série de etapas que apresentam lacunas e favorecem esse processo:

  1. Grande quantidade de plásticos produzidos -  cerca de 400 milhões de toneladas de plásticos são produzidos anualmente, mas apenas 9% são coletados para reciclagem. Os demais 91% são descartados incorretamente.
  2. Reciclagem deficitária – mais de 78 milhões de toneladas de embalagens plásticas são usadas todos os anos no mundo, mas apenas 14% são recicladas após o uso, o que resulta em uma perda de 80 a 120 bilhões de dólares por ano, cerca de 14 vezes mais do que foi investido em saneamento básico no Brasil em 2021.
  3. Pouco tempo de vida útil – grande parte dos plásticos utilizados são direcionados para produtos e embalagens de uso único, que poderiam facilmente ser substituídos por produtos reutilizáveis, como copos, canudos e sacolas de mercado.

Embora seja um exercício complexo, a melhor saída ainda é o uso consciente desse tipo de material e o descarte corretos dos resíduos:

  • Reduzir o consumo de plástico: reaproveitando ao máximo embalagens e recipientes de plástico. Posteriormente, procurar por estações de reciclagem;
  • Separar o lixo reciclável do orgânico:  separar os materiais recicláveis dos orgânicos aumenta muito a eficácia da coleta seletiva e posterior reciclagem dos resíduos.
  • Falar sobre o problema: sempre que possível aborde as pessoas do seu cotidiano sobre o tema e dê o exemplo. Use sua ecobag, leve canudos e copos reutilizáveis na sua bolsa ou mochila.

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