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Finanças sustentáveis: como ir além do corte de emissões de carbono?

26 / 08 / 2022 Fique por Dentro

Finanças sustentáveis são essenciais para combatermos as mudanças climáticas e limitar o aquecimento global. Mas essas vão muito além de cortar as emissões de carbono ou ter metas de emissões líquidas zero.

 

Das cerca de 2.000 empresas de capital aberto do mundo listadas nas principais bolsas de valores, 20% já se comprometeram a zerar suas emissões até 2050. A maior empresa de administração de fundos do mundo, a BlackRock, relaciona que o combate às mudanças climáticas deve ser prioridade nos negócios, mas ainda precisamos ir muito além.

Trabalhar um cenário de transição, não apenas de emissões de carbono, mas de uma sociedade resiliente a todos os impactos ambientais causados os quais precisam ser revertidos são os maiores desafios do setor econômico. Nesse sentido, os bancos e instituições financeiras exercem grande papel de influência no direcionamento dos recursos e liberação de financiamentos. A análise de cenários de risco é comum no setor bancário e diferentes situações são levadas em consideração na hora da transição para uma economia mais sustentável.

 

Veja os principais usos dos recursos nas próximas décadas no Brasil, conforme relatórios bancários:

  1. Promoção das energias renováveis no Brasil: Somos a sexta maior economia em matéria de emissões de gases de efeito estufa do mundo, sendo que 52% de toda a energia utilizada no Brasil vem do petróleo e derivados. O nosso país se comprometeu a ter uma redução de 37% de suas emissões até 2025 e 43% até 2030 em relação aos níveis de 2005, além de aumentar a participação da energia hidrelétrica e a eficiência da energia elétrica em 10%;
  2. Transporte de baixo carbono: Em nosso país, quase 50% das emissões de gases de efeito estufa são do setor de energia. Já na categoria de transporte, cerca de 40% das emissões são de caminhões e 31% de carros, visto que esses são altamente dependentes do uso de combustíveis fósseis como diesel e gasolina. Investir em uma transição energética para veículos híbridos ou elétricos é o desafio para as próximas décadas no transporte brasileiro, assim como a adequação viária para favorecer o transporte coletivo;
  3. Projetos de gestão de águas residuais e infraestrutura de saneamento: Em 2020, cerca de 40 milhões de brasileiros não possuíam acesso à água potável e mais de 100 milhões não possuíam sistema de coleta e tratamento de esgoto. Apenas um terço das cidades brasileiras possuem estações de tratamento de águas residuais. Direcionar financiamento para essas questões é fundamental para nosso país atingir a meta de universalização de acesso à água potável e de tratamento de 93% dos esgotos até 2033;
  4. Financiamento da agricultura sustentável: Estimativas indicam que o Brasil alimenta 1 bilhão de pessoas no mundo. Nossa vocação agropecuária é inegável quando vemos que 25% do PIB vem do setor. Entretanto, 34% das emissões de carbono também vêm do campo, principalmente por queimadas e desmatamentos. Portanto, a tendência para os próximos anos é a destinação de recursos para a agricultura de baixo carbono, com grande produção de alimentos em pouco espaço.

https://exame.com/inovacao/mercado-de-carbono-cop26-brasil-pode-gerar-100-bi/

https://www.wri.org/insights/paris-agreement-aligned-investments

https://www.wribrasil.org.br/noticias/3-coisas-que-blackrock-pode-fazer-melhor-para-alavancar-financas-sustentaveis

https://banco.bradesco/assets/classic/pdf/sustentabilidade/Sustainable-finance-framework-second-party-opinion_pt.pdf


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