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Greenwashing será proibido por lei na Europa a partir de 2026

16 / 04 / 2024 Fique por Dentro

Quando você está pesquisando a compra de um produto qual o peso que a reputação da fabricante tem na sua decisão de compra? Ou mesmo se questões sustentáveis no processo de fabricação influenciam no momento da escolha do produto e/ou marca?

Várias pesquisas mostram que nos últimos anos o consumidor está mais crítico quanto aos seus hábitos de consumo e opta por escolher marcas com propósitos sociais e ambientais. 

Isso deu largada para uma corrida das empresas atrás de certificações, declarações e selos sustentáveis de menor impacto ambiental, carbono neutro, ecológicos e sustentáveis. Entretanto nem sempre essas declarações e selos são verdadeiros ou retratam de forma transparente a realidade, é essa a definição de greenwashing:  a prática de transmitir ou omitir informações falsas sobre os  impactos das atividades de uma empresa no meio ambiente.

E a União Europeia está de olho nessa prática nada honesta de empresas e marcas, que usam de comunicações para informar que seus produtos são ecológicos, biodegradáveis, mais duradouros e com menor impacto ambiental. O problema é que não dá para saber com certeza quando uma comunicação é verdadeira ou não, por esse motivo os países membros da União Europeia aprovaram no início de 2024 uma diretiva que visa proibir a rotulagem dos produtos com alegações ambientais falsas.

Após debate e ampla votação, a regulamentação foi aprovada e passa a valer a partir de 2026, data que o Parlamento e Conselho Europeu definiu como início de uma nova política que coloca regras robustas para combater o greenwashing.

Não serão aceitos selos, logos e comunicados que tratem de forma genérica, sem haver comprovação ou que não sejam aprovados em programas certificados aprovados e/ou de autoridades públicas europeias. 

Um dos destaques da lei é sobre as mudanças climáticas e o impacto dos produtos. As marcas não poderão mais comunicar que um produto é carbono neutro ou que possui impacto reduzido no meio ambiente se utilizar a compensação de emissões, sistema no qual a emissão de carbono é compensada com a compra de créditos de carbono.

Também ganham holofotes as declarações que tratam sobre a vida útil de produtos. Se uma lâmpada informa que dura 20.000 horas de uso, essa informação deve ser comprovada, assim como a durabilidade de eletrodomésticos, aumento de eficiência energética ou qualquer ganho ambiental de determinada mercadoria.

A legislação acompanha a iniciativa das empresas e a cobrança dos consumidores por marcas, produtos e processos com menor impacto ambiental e ganho social ao longo da sua cadeia produtiva. 

Essa medida reforça casos como o que foi noticiado no início de abril, no qual grandes marcas de moda no mundo foram ligadas à compra de algodão produzido em áreas de desmatamento no cerrado brasileiro. Todo o algodão comprado pelas marcas era certificado por uma auditoria internacional e independente e mesmo assim apresentava falhas graves no processo de comprovação das informações.

Em breve os consumidores europeus poderão ter produtos comprovadamente com menos impactos ambientais, com menos emissões de carbono e com a rastreabilidade do seu processo produtivo. Com a globalização da economia é esperado que outros blocos econômicos adotem medidas semelhantes em breve e reforcem a busca por uma economia mais justa e menos agressiva ao meio ambiente em todo o globo.

 

Referências:

 

UE avança para barrar falso produto verde e banir greenwashing (uol.com.br)

Parlamento aprova lei que proíbe branqueamento ecológico e informação enganosa | Atualidade | Parlamento Europeu (europa.eu)

https://www.jornaldenegocios.pt/sustentabilidade/ambiental/detalhe/parlamento-europeu-aprova-lei-que-proibe-greenwashing

https://expresso.pt/sustentabilidade/crise-climatica/2024-01-17-Ambientalistas-aplaudem-novas-regras-europeias-contra-branqueamento-ecologico-5e2cc260


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