A humanidade caminha a passos largos para combater as mudanças climáticas e limitar os impactos do aquecimento global. Nesse cenário, a adoção de energias limpas é o principal meio de conseguirmos atingirmos as metas estabelecidas em acordos internacionais e impactarmos menos o meio ambiente.

Mas afinal, o que é energia limpa?

É toda e qualquer energia que durante o seu processo de produção não tenha a emissão de CO2 e tenha nenhum ou pequeno impacto ambiental. Mas não podemos confundir energias limpas com energias renováveis, que algumas vezes são tratadas como sinônimos. Todas as energias limpas são renováveis, mas nem todas as energias renováveis são limpas. São exemplos de energias limpas a hidrelétrica, solar, eólica, nuclear, geotérmica, hidrogênio verde e outras.

Alguns exemplos de energias renováveis, mas que não são limpas são o biodiesel, biogás e biomassa, pois quando são queimados liberam gases de efeito estufa. A confusão acontece pelo fato de serem renováveis e emitirem menos carbono que as energias fósseis, mesmo assim poluem o meio ambiente.

Mesmo as energias limpas podem apresentar algum impacto ambiental localizado, como é o caso da energia hidrelétrica que apesar de ser uma das mais representativas no Brasil e no mundo necessita de grandes áreas alagadas para formar os seus lagos, impactando plantas, animais e provocando o deslocamento de comunidades tradicionais e ribeirinhas.

A energia eólica também tida como uma das mais limpas do mundo causa impacto sonoro nos locais de instalação, além de aumentar a temperatura no microclima local e haver alto índice de choques de aves e morcegos com as turbinas. A energia solar que é uma das que mais cresce no mundo, principalmente com a instalação de sistemas de microgeração nas residências ainda carece de pesquisa para viabilizar a reciclagem e reaproveitamento das placas.

Dificilmente teremos uma energia 100% limpa, renovável e sem nenhum impacto ambiental, é uma equação complexa e sempre haverá impactos ambientais ou sociais, mesmo que em pequena escala. O segredo é a diversificação das fontes de energia.

As vantagens das energias limpas são inúmeras, entre eles o custo que caiu vertiginosamente nos últimos anos, sendo até mais baratas que energias não renováveis e poluentes. A energia solar barateou 85% entre 2010 e 2020, no mesmo período a energia eólica viu o preço das turbinas reduzir em 56%.

Além disso contribuem para um ar mais limpo, segundo a ONU, 99% da população mundial respira um ar com mais poluição do que o indicado pela Organização Mundial da Saúde. A poluição do ar representa uma conta de 8 bilhões de dólares por dia aos sistemas de saúde no mundo, proveniente principalmente da queima de carvão, petróleo, xisto e gás natural.

O investimento nas energias limpas é a chave para limitarmos o aquecimento global, pois 90% da necessidade de energia do planeta pode ser suprimida pelas energias limpas até 2050. Além disso, também possuem impacto positivo na geração de emprego e renda, a Agência Internacional de Energia, estimou que cada dólar investido em energia limpa cria três vezes mais empregos do que o mesmo valor aplicado na indústria de combustíveis fósseis.

Referências:

O que é energia limpa? (projetodraft.com)

Energia limpa: o que é, tipos, benefícios e exemplos (terra.com.br)

Energia Limpa: O que é, Fontes, Tipos e Importância | Portal Solar

MATRIZ ENERGÉTICA (epe.gov.br)