A logística reversa é um instrumento que foi regulamentado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, que consiste em um sistema o qual permite o retorno das embalagens e demais resíduos após seu uso para o fabricante, distribuidor ou vendedor.

A própria lei que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos também estabelece as categorias que devem possuir sistemas de logística reversa, dentre eles, obrigatoriamente:

agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;

pilhas e baterias;

pneus;

óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Mesmo depois de 12 anos da publicação da lei, nem todas as categorias citadas possuem sistemas robustos e funcionais de logística reversa; alguns já se encontram mais estabelecidos que outros. Podemos destacar alguns deles, por exemplo:

Latinhas de alumínio – o Brasil é líder mundial na reciclagem e logística reversa pós consumo desse tipo de material. Em 2021 foram recicladas mais de 33 bilhões de latas em nosso país, o que garantiu um índice de 98,7% na reciclagem desse resíduo.

Pneus – nosso país envia todos os anos para reciclagem mais de 420 mil toneladas para a reciclagem e reaproveitamento em outros produtos, além disso cerca de 12 milhões de pneus são reformados anualmente, segundo a ABR (Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus).

Outras categorias possuem sistemas de logística reversa muito robustos e implementados há anos, como embalagens de agrotóxicos ou de óleos lubrificantes. Mas é necessário que o restante das categorias cresça em pontos de coleta e logística, como no caso dos medicamentos e resíduos eletrônicos. Embora ambas as categorias tenham tido os seus sistemas de logística reversa reconhecidos pelo Governo Federal há pouco mais de 2 anos, poucas pessoas sabem como fazer o descarte correto desses itens.

Questões financeiras podem estar por trás dessas lacunas. Por exemplo, a logística reversa das embalagens de vidro encontra dificuldades de implantação em locais distantes de grandes centros urbanos ou de plantas de reciclagem. Nesse caso, somente o custo do transporte por poucos quilômetros é mais caro que o valor para produzir uma embalagem nova.

O descarte incorreto é outro grave problema que enfrentamos com algumas categorias sujeitas à logística reversa. A logística reversa de medicamentos foi aprovada em 2020 e já estruturada com mais de 1800 pontos de coleta voluntária para os consumidores, geralmente localizados em farmácias. Mas será que apenas esses pontos são suficientes para o descarte correto de medicamentos?

Pilhas e baterias também possuem baixíssimos índices de reciclagem e logística reversa. Quanto menor o item pós-consumo, menor tende a ser o seu percentual de reaproveitamento ou descarte correto, tendo, geralmente, como destino final o lixo comum.

Os consumidores participam descartando adequadamente os produtos ou embalagens. Baterias, pneus, lubrificantes usados ou contaminados, lâmpadas fluorescentes, alumínio e eletrônicos, são todos exemplos de materiais que devem ser destinados a um de seus pontos de entrega voluntária. O descarte adequado é o primeiro passo para alocar adequadamente esses materiais e devolvê-los ao ciclo produtivo.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm

https://elevesuasvendas.com.br/blog/vendas/logistica-reversa

https://www.vgresiduos.com.br/blog/quais-os-principais-tipos-de-logistica-reversa-no-brasil/

https://www.dinamicambiental.com.br/blog/reciclagem/conheca-principais-tipos-logistica-reversa-praticados-brasil/

https://www.abras.com.br/clipping/juridico/73638/logistica-reversa-avanca-no-brasil-e-contribui-para-a-preservacao-ambiental