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Brasil registra, pela primeira vez, neve em novembro

18 / 11 / 2022 Fique por Dentro

No domingo, dia 6 de novembro, começou no Egito a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27). A COP-27 se trata de um painel temático no qual cientistas, governos e organizações discutem sobre a emergência climática que vivemos, com foco na tentativa de limitar a temperatura média global em 1.5ºC em comparação com os níveis pré-industriais.

 

Os dados científicos demonstram que os últimos 8 anos foram os mais quentes já registrados desde que o homem começou a monitorar as temperaturas do planeta. Coincidentemente, em menos de uma semana antes do evento, o Brasil registrou pela primeira vez na história neve no penúltimo mês do ano, apenas um pouco antes do início do verão. O fato ocorreu na serra catarinense, na cidade de Urubici, por muitos considerada a mais fria do país. O mês de novembro é um período de transição de estações, onde o frescor da primavera pode ser sentido nas noites e manhãs, mas as tardes são naturalmente quentes.

 

Se a humanidade está lutando para conter o aumento da temperatura, o que explica a ocorrência de neve no Brasil no mês de novembro?

 

A primavera no Sul do país está atipicamente mais fria do que o comum, no Rio Grande do Sul, as médias de temperatura estão cerca de 4 graus menores que a média histórica. Neve na primavera é algo extremamente raro, mesmo nos altos da serra catarinense. Já havia nevado no dia 21 de setembro, mas nunca em novembro.

 

Ondas de frio são comuns no Sul e Sudeste do Brasil no inverno e meados da primavera, não raramente, as temperaturas caem facilmente para menos de 10°C nas cidades mais frias. Entretanto, a neve é um fenômeno raro, pois as massas de ar polar sempre vêm com o tempo limpo e, para haver neve é preciso uma forte massa de ar gelado se encontrar com uma frente fria.

 

Esses episódios raros estão associados ao fenômeno climático La Niña, que é o resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico, na costa oeste da América do Sul. Esse resfriamento causa períodos de frio no Sul do país e redução no volume das chuvas, quadro oposto ao que ocorre no El Niño, quando as águas esquentam.

 

As oscilações de temperatura nas águas dos oceanos são normais e ocorrem sazonalmente, por vários fatores. O aquecimento global é apenas uma das mudanças climáticas que estamos enfrentando e tentando limitar. Outra modificação é o aumento dos extremos climáticos, como ondas de frio, secas, períodos de calor escaldante e aumento de frequência das anomalias climáticas nos oceanos como La Niña e El Niño.

 

Sabendo que o clima estará cada vez mais propenso a perder o padrão de estações definidas, com esses episódios de frio repentinos, podemos reforçar que as mudanças climáticas estão, de fato, batendo na nossa porta.

 

https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/santa-catarina-registra-neve-em-novembro-pela-primeira-vez-veja-imagens/

https://www.estadao.com.br/sustentabilidade/cop-27-egito-abertura-emergencia-climatica/

https://metsul.com/pacifico-esfria-ainda-mais-e-atinge-niveis-de-super-la-nina-costeira/

https://metsul.com/novembro-comeca-com-geada-chuva-congelada-e-neve-inedita/


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