Na década de 1990, os cientistas descobriram um sétimo continente no mundo. Entretanto, esse não era nenhum novo surgimento de lava ou uma terra nunca encontrada, e sim uma massa de plástico flutuante no Oceano Pacífico, que veio a se juntar com à América, Antártica, África, Europa, Oceania e Ásia.

Em uma área duas vezes maior que a França, a qual contém mais de 1,6 milhões de metros quadrados de detritos e 79 mil toneladas de plástico, está localizada uma grande quantidade de lixo que boia ao balanço das ondas. São mais de 1.8 trilhões de pedaços de plásticos unidos formando essa enorme ilha flutuante.

A grande mancha fica localizada entre os estados norte-americanos da Califórnia e do Havaí e tem um tamanho 16 vezes maior do que o estimado inicialmente. Acredita-se que esses detritos plásticos estejam juntando-se há mais de 100 anos, levados por correntes marítimas de todos os cantos do mundo, é como se fosse um vórtice, local onde todas as correntes marítimas se encontram. Nesse local podemos encontrar desde micro plásticos, fragmentos com milímetros de tamanho, até pedaços com cerca de dois metros, vindos de todos os continentes, de variados países e locais.

Como um iceberg, a maior parte do continente não está visível, pois se encontra abaixo da superfície da água uma parede de até 10 metros de resíduos e plásticos. Outras ilhas como essa foram encontradas nos oceanos, mas nenhuma delas chega perto do tamanho dessa.

Podemos encontrar uma infinidade de resíduos nessas ilhas:

• desde bonecas
• isqueiros
• linhas de pesca
• garrafas plásticas
• sacolas
• roupas
• cordas
• e tudo o que você puder imaginar.

Ao mesmo tempo que esses locais de acúmulo de lixo são um problema ambiental, pois favorecem a contaminação por micro plásticos e a morte de animais, pesquisas revelam que uma infinidade de seres usa as ilhas como proteção e até mesmo local de reprodução.

As discussões do que fazer com esse enorme continente de plástico se iniciaram logo que o local foi descoberto. Entretanto, não obtiveram muito sucesso, por essa ser uma área em alto mar e sem impacto visível às comunidades costeiras. Seria necessário um grande esforço para realizar a coleta desses materiais e dar a destinação adequada, dessa forma caminhamos para o cenário que os estudos apontam: até 2050 teremos mais plástico do que peixes nos mares.

Grandes problemas ambientais, sociais e éticos como esse podem ser evitados com ações muito simples como dar a destinação correta aos nossos resíduos, realizar a coleta seletiva do lixo em nossas casas e dar preferência por marcas realmente comprometidas com a logística reversa e o fim de vida de seus produtos.

http://https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2018/03/ilha-de-lixo-no-oceano-pacifico-e-16-vezes-maior-do-que-se-imaginava.html

https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/ilha-de-lixo-pacifico-setimo-continente

https://autossustentavel.com/2015/11/o-setimo-continente.html

https://www.tempo.com/noticias/actualidade/por-que-nao-deveriamos-limpar-a-ilha-de-lixo-do-pacifico-ecologia-oceano.html