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Biocréditos – uma forma de financiar a preservação da biodiversidade

10 / 02 / 2023 Fique por Dentro

Depois da Conferência do Clima realizada no fim de 2022 no Egito, vem se iniciando no mês de fevereiro a Conferência das Partes, a COP 27, de biodiversidade. O encontro que ocorre anualmente tem por objetivo fomentar a recuperação da biodiversidade no planeta.

 

Quando falamos de biodiversidade, muitas vezes nos vem à mente a imagem de algum animal em risco de extinção como a onça-pintada, tamanduá-bandeira ou arara-azul. Esses são alguns dos animais símbolos no combate à perda de biodiversidade que passamos. Cientistas calculam que estamos passando pela sexta extinção em massa no mundo em mais de 300 milhões de anos, em um ritmo de extinção 1000 vezes maior do que o natural.

 

Cálculos estimam que nas próximas décadas cerca de um milhão de espécies de animais e vegetais correm risco de desaparecer do planeta, um número muito alto se considerarmos que a conta de espécies de nosso planeta é de 8.7 milhões, considerando as conhecidas e ainda as não descritas pela ciência.

 

A perda de biodiversidade traz impactos severos sobre o meio ambiente e sobre a vida humana. Pense nas abelhas que você vê no dia a dia: você sabia que elas são responsáveis pela polinização de 80% dos cultivos do planeta e um terço dos alimentos consumidos pelos humanos?

 

Mas a proposta que será discutida se trata de um crédito de biodiversidade. Empresas e governos que querem apoiar a conservação de espécies e biomas poderão pagar para incentivar projetos que promovem a conservação de espécies ameaçadas, uma forma similar como ocorre com o crédito de carbono.

 

Cada crédito de carbono equivale a uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitido ou que foi retirado da atmosfera. Entretanto, esse ainda passa por debates da comunidade científica por ser visto como um “crédito de poluição”, visto que empresas e países podem poluir e emitir gases de efeito estufa e simplesmente comprar os créditos de carbono para mitigar o impacto ambiental causado.

 

Será que ocorrerá o mesmo com os créditos de biodiversidade?

 

Ainda é cedo para estimarmos qual o real impacto do biocrédito na conservação da biodiversidade e no apoio a projetos de recuperação de espécies ameaçadas de extinção. Um dos caminhos mais utilizados é remunerar a conservação de biodiversidade e florestal pelos serviços ambientais que são realizados por aquelas espécies ou florestas. Uma floresta em pé regula o clima, fornece água e purifica o ar. Já as espécies de animais e plantas nos fornecem alimentos, medicamentos, insumos para a indústria farmacêutica, cosmética, alimentar, entre outros.

 

Os idealizadores do biocrédito reforçam a necessidade de transparência nos investimentos, para que os valores aportados realmente cheguem nos projetos de conservação e que a perda de valores ao longo da cadeia seja mínima. A ideia é ótima, mas ainda é preciso experimentar para ver a sua real efetividade.

 

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2022/01/o-que-esperar-da-sexta-extincao-em-massa-de-especies.shtml

https://veja.abril.com.br/agenda-verde/biocreditos-a-proposta-de-financiamento-para-proteger-a-biodiversidade/

https://netzero.projetodraft.com/em-estudo-inedito-onu-propoe-comercio-de-biocreditos-para-financiar-biodiversidade-mundial/

https://curtonews.com/curto-verde/biocreditos-podem-financiar-a-protecao-da-biodiversidade-veja-outros-destaques-do-curto-verde/


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