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Brasil: qual o seu potencial de negócios na área da reciclagem?

02 / 09 / 2022 Fique por Dentro

Imagine todo o processo que o seu resíduo percorre desde o momento de sua geração até a sua disposição final. Certos materiais são usados apenas por alguns minutos, como no caso das sacolas plásticas. Já outros têm anos de vida útil, como no caso de eletrônicos e bens duráveis. Indiferente do tipo que seja, conforme a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mais de 82 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos são gerados todos os anos no Brasil, mas apenas 4% passam por um processo de reciclagem.

Mesmo que seja natural pensarmos no ciclo da geração do resíduo, na coleta seletiva e posteriormente, no aterramento ou disposição final, esse é um processo linear, pois não lembramos de possibilidades de tratamento como reciclagem ou compostagem para os resíduos.

 

Afinal, qual a composição dos resíduos no Brasil?

Dados do Panorama Nacional de Resíduos mostram que os resíduos sólidos urbanos são

compostos basicamente por:

  • 45,3% de resíduos orgânicos;
  • 33,6% de resíduos recicláveis, composto principalmente por papéis, plásticos, papelão, vidros e metais;
  • 14,1% composto por rejeitos, principalmente por materiais sanitários não-recicláveis;
  • 7% de outros resíduos em menor proporção.

 

O total de resíduos recicláveis é 27,7 milhões de toneladas anuais, dos quais apenas 4% são devidamente reciclados e geram renda para quase um milhão de catadores,os quais correspondem a 90% de todo o processo de reciclagem no Brasil. Mesmo assim, perdemos cerca de 14 bilhões de reais anualmente em resíduos não aproveitados. Ainda que a coleta seletiva esteja presente em mais de 70% dos municípios, a sua maioria possui estrutura de triagem defasada e sobrecarregada.

Em 2021, o Governo Brasileiro sancionou o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), o qual levantou metas para os próximos 20 anos acerca da reciclagem de resíduos, estabelecendo a meta de 50% de aproveitamento dos resíduos em 2 décadas. Se olharmos para números de países desenvolvidos, como a Alemanha, estamos mais de 20 anos atrasados, visto que o seu índice de reciclagem é de 67%. Mesmo países em desenvolvimento e vizinhos da América do Sul, tais como Chile e Argentina, reciclam 16% do seu lixo.

 

Não é apenas de reciclagem que vive o tratamento de resíduos sólidos urbanos e isso pode ser uma grande alternativa para a geração de renda e negócios com resíduos. Materiais orgânicos (que são quase metade de todo o volume e peso) podem ser compostados e gerar adubo para áreas agrícolas. A biodigestão e recuperação energética são alternativas para a geração de energia por diferentes meios, além da recuperação de gás metano dos aterros. Essas 3 últimas alternativas são processos que podem integrar a matriz energética brasileira e ser um caminho para uma economia de baixo carbono.

 

Agora que a Política Nacional de Resíduos Sólidos recebeu metas claras de reciclagem, os grandes geradores como municípios e indústrias sabem como precisam trabalhar. Entretanto, a maior mudança ainda acontece em casa, pois a separação incorreta de resíduos é um dos principais fatores que limitam o índice de reciclagem no Brasil.

 

https://pme.estadao.com.br/noticias/geral,solucoes-para-melhorar-gestao-de-catadores-avancam,70004121903

https://portalresiduossolidos.com/brasil-com-alto-potencial-para-reciclagem/

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-06/indice-de-reciclagem-no-brasil-e-de-4-diz-abrelpe

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/06/27/estudo-mapeia-negocios-de-impacto-a-partir-do-lixo.ghtml


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