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Gripe aviária: há chance de uma nova pandemia?

15 / 06 / 2023 Fique por Dentro

Em fevereiro de 2023, a Organização Mundial da Saúde noticiou com destaque o aumento dos casos de gripe aviária, o vírus influenza H5N1. Mesmo antes do fim da pandemia de covid-19, o risco da doença se alastrar em níveis mundiais foi levantado. Desde outubro de 2021 a gripe aviária vem tendo o pior surto das últimas décadas. Nos últimos 19 meses, ao redor do mundo, mais de 15 milhões de animais domésticos morreram, 193 milhões de animais foram sacrificados como medida de segurança, além de 42 milhões de casos de aves infectadas foram notificados.

Isso gerou um alerta de uma possível nova pandemia causada por um vírus de origem animal, uma zoonose. Dados mostram que seis em cada 10 doenças infecciosas que atacam os humanos são provocadas por patógenos de origem animal, a maior parte delas de animais silvestres, como ocorreu com a covid, os hospedeiros naturais do vírus eram os morcegos.

Há cerca de um mês foi registrado o primeiro caso da doença em animais silvestres no Brasil, no dia 15 de maio, e até o momento a espécie selvagem com maior registro de casos é a ave migratória trinta-réis-de-bando.

Até o momento no Brasil foram identificados 31 casos de gripe aviária em aves selvagens, nenhum caso foi registrado em animais domésticos ou em seres humanos. Mesmo assim ainda é mantido o status do país de zona livre de influenza aviária. Cerca de 11 casos permanecem sendo investigados como suspeitos de contaminação.

O risco de contaminação pode estar voando sob nossas cabeças agora e em algum momento devamos ter casos de gripe aviária em animais domésticos, não há razão para pânico ou chances de uma pandemia. O vírus H1N1 precisa percorrer uma série de passos evolutivos para colocar em risco a saúde mundial, a principal delas é que o vírus não se transmite de pessoa para pessoa, apenas entre animais e de animais para pessoas e apenas os indivíduos que tiveram contatos com aves doentes. 

O perigo mais iminente que se aproxima é sobre a cadeia de alimentos. Cerca de 50 bilhões de galinha são criadas, por ano, no mundo como fonte de carne e ovos e um surto global da doença nas criações comercias colocaria em risco a segurança alimentar de milhões de pessoas no mundo, por ser uma proteína de fácil acesso e relativamente barata, se comparada às demais.

Para de adiantar de uma possível pandemia, alguns países adotaram severas medidas sanitárias, outros começaram a vacinar as aves contra a doença e aqui no Brasil o Instituto Butantan começou os estudos para produzir uma vacina para humanos, mas há um desafio além da produção de uma vacina, a aderência da população. Em 2022 a cobertura vacinal da gripe não bateu nem 70% da meta estipulada pelo governo, mesmo sendo oferecida gratuitamente pelo SUS.

 

Referências:

https://veja.abril.com.br/saude/o-que-se-sabe-sobre-o-novo-surto-de-gripe-aviaria-o-pior-desde-os-anos-90

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/numero-de-casos-de-gripe-aviaria-sobe-para-31-no-brasil,7ee6767ec17bf4171d663775fa32ca9cagr7ob67.html

https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2023/05/se-a-gripe-aviaria-se-adaptar-aos-humanos-teremos-os-ingredientes-para-uma-nova-pandemia-diz-diretor-do-butantan.ghtml

https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/lucia-helena/2023/05/31/gripe-aviaria-sera-que-uma-nova-pandemia-se-aproxima.htm

 

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