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Depois dos gafanhotos, quais serão as próximas pragas?

25 / 08 / 2020 Fique por Dentro

Nos últimos meses estamos acompanhando nos jornais a possibilidade de nuvens de gafanhoto adentrarem na fronteira com o Brasil, no estado do Rio Grande do Sul. Até o momento seis nuvens de gafanhotos já foram identificadas e monitoradas pelos governos paraguaio e argentino.

Cada nuvem chega a ter 400 milhões de insetos e chegam a se deslocar 250 quilômetros por dia. Embora os países estejam tendo ações para conter as nuvens como uso de aviões aplicando inseticidas, os dias quentes e secos do nosso inverno têm deixado as nuvens dos insetos mais agitados.

O conceito de praga é muito relacionado ao meio agrícola, quando uma população de um animal ou planta passa de um limite e não é mais possível controlar.

Ainda em 2018, cientistas publicaram um artigo na revista Science, uma das mais renomadas no meio científico, no qual alertaram que o aquecimento global e mudanças climáticas podem tornar gafanhotos uma praga incontrolável. E os países mais suscetíveis são regiões de clima temperado (Argentina, Uruguai e Sul do Brasil), pois o aumento da temperatura acelera o ciclo reprodutivo dos insetos, aumenta o seu ritmo e sua fome por consequência. As nuvens passam a ocorrer em regiões antes mais frias e menos propensas a esses insetos fora de controle.

Ratos, baratas e moscas

Estudos realizados apontam o declínio de até 40% da população de insetos, como borboletas e abelhas, pelo uso de inseticidas, monoculturas e mudanças climáticas. Isso pode afetar diretamente a economia humana, pois 75% dos nossos alimentos são polinizados por insetos voadores.

Mas os mesmos mecanismos que prejudicam alguns insetos, favorecem algumas pragas como baratas, moscas e mosquitos. Por serem espécies generalistas e que ocorrem no mundo todo, podem se beneficiar do mesmo cenário, conforme estudo publicado no periódico científico Biological Conservation.

O estudo revisou mais de 13 anos de publicações e concluiu que essas espécies de pragas podem ser beneficiadas com o convívio humano, pois estão associadas a ambientes urbanos e o aquecimento global acelera a sua reprodução.

Já ratos e baratas podem ser beneficiados pelo isolamento social da pandemia de Covid-19. Conforme o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, como muitos locais estão fechados, a disponibilidade de alimentos aumenta próxima às casas com o descarte de resíduos, alimentos e entulhos.

A melhor forma para evitarmos o aumento dessas pragas urbanas é fazer o descarte correto dos nossos resíduos, pois a proliferação de ratos, moscas e baratas está associada à disponibilidade de alimentos.

Faça a separação correta de resíduos orgânicos e recicláveis e encaminhe para descarte em momentos próximos à coleta.


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