Atualmente o termo ESG é um dos mais procurados nos navegadores da internet. Dados demonstram que houve um aumento de 2.600% na busca por essa palavra nas redes sociais desde 2019, quando ganhou notoriedade. Também se destaca o empenho das organizações em internalizar o seu conceito.

Em recente pesquisa, realizada pelo Pacto Global da ONU em parceria com a consultoria Stilingue, demonstra-se que mais de 78% dos executivos inseriram o ESG nas suas estratégias de negócio e quase 60% destinam um orçamento específico para a pasta.

Mas nem sempre a preocupação social, ambiental e os riscos relacionados ao negócio estiveram em pauta, esse é um cenário recente e que vem evoluindo ao longo das décadas. Inicialmente, nos anos 1970 e 1980, a preocupação das empresas e governos era o cumprimento da legislação ambiental, que ainda estava criando as suas bases e diretrizes. 

Ao longo dos anos 1990 e 2000, o foco com o bem-estar dos funcionários e o impacto na comunidade local ganha relevância, nesse sentido o termo Responsabilidade Social Empresarial (RSE) ou Corporativa foi cunhado e adotado pelas empresas, que buscavam ações e compromissos em benefícios da comunidade do entorno, além de gerar empregos e obter lucros, as políticas de RSE impactavam positivamente os trabalhadores e sociedade, consequentemente melhorando o ganho de imagem de empresas e governos.

Entretanto, esse conceito se mostrou limitado com a evolução dos negócios e comportamento de consumidores e fornecedores, que buscam mais transparência e impactos positivos das marcas. A evolução do conceito de Responsabilidade Social Empresarial é “Sustentabilidade”, que no seu conceito mais amplo busca o equilíbrio dos pilares ambiental, social e econômico. 

Sustentabilidade é consolidada como uma estratégia de longo prazo e que busca reduzir impactos ambientais, promover crescimento econômico e práticas sociais justas por meio da atuação das empresas. Sustentabilidade ainda é um conceito atual, amplo, que ultrapassa os muros das empresas e que está em constante evolução de conceito e prática abrangidas.

Já o termo ESG (Environmental, Social and Governance) foi cunhado pela primeira vez em 2004 pelo Banco Mundial em parceria com o Pacto Global da ONU. É a palavra/sigla que mais cresce no mundo corporativo quando falamos de questões ambientais, mas ele vai além e adota a prevenção de riscos sociais e de governança. Enquanto a sustentabilidade abrange diversos setores da sociedade, o ESG é focado nos negócios, no levantamento dos riscos associados ao mundo corporativo. 

É um recorte do conceito de sustentabilidade e ganha força com a cobrança dos consumidores e investidores nas marcas. Ninguém quer estar associado ou consumir de marcas que tenham um impacto social e ambiental negativo.

A evolução desses termos reflete a crescente conscientização das empresas sobre seu papel na sociedade e no meio ambiente. O ESG, especialmente, está se tornando cada vez mais relevante para as organizações que buscam um impacto positivo e sustentável.

Referências:

Termo ESG cresceu 2.600% nas redes; descubra como aproveitar a tendência e começar carreira na área | Exame

Entenda a diferença entre ESG e sustentabilidade - Sebrae

Stilingue e Rede Brasil do Pacto Global lançam estudo sobre a evolução do ESG no Brasil - Pacto Global