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Ar-condicionado: o impacto na conta de luz e nas mudanças climáticas

17 / 01 / 2024 Fique por Dentro

Estamos na estação mais quente do ano, o verão, e por si só as temperaturas são extremamente altas em nosso país nesse período do ano, mas 2023 foi um ano atípico do ponto de vista climático e 2024 deve seguir a mesma toada.

No mês de outubro, a cidade de Aragarças em Goiás, registrou a temperatura mais alta da história do Brasil com 44,3°C. Há poucos dias o Observatório Climático Copernicus declarou o ano passado como o mais quente da história já registrado. 

Nesses momentos (e nem precisamos de tanto calor assim), o uso do ar-condicionado se torna um parceiro indispensável para amenizar o abafamento. O aparelho é comumente encontrado nos lares brasileiros, nas empresas e nos automóveis. Estima-se que haja um aumento de 10% ao ano no número de aparelhos de climatização instalados nas residências brasileiras.

Mas o uso do ar-condicionado cobra o seu preço diretamente nas contas de energia. Conforme levantamento realizado pela plataforma de notícias financeira Infomoney, um aparelho de ar-condicionado de 9.000 BTUs (aparelho padrão para climatizar um quarto pequeno), se for ligado por 8 horas ao dia durante um mês consome em média em média 136kWh/mês ou R$ 106,63. Já um climatizador (100 W) de potência gastaria em média 24 kWh/mês ou R$ 18,82 e um ventilador de 80W teria um impacto de em média 19kWh/mês ou R$ 14,90 na fatura de luz. Importante salientar que esses valores desconsideram impostos, que podem variar de estado para estado.

Entretanto um quarto ou um escritório geladinho ao longo do dia e noite possui outros impactos, além do financeiro. O custo para escapar do calor pode ser tornar o planeta mais quente. Eu sei, num primeiro momento pode não fazer sentido nenhum, mas o uso do ar-condicionado pode contribuir para as mudanças climáticas.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, o número de casas brasileiras que possuem aparelhos de ar-condicionado aumentou 9% em 12 anos e o impacto na demanda energética também foi grande. O consumo de energia elétrica nos lares brasileiros aumentou 61% entre 2005 e 2017 e estima-se que o consumo de energia elétrica por condicionadores de ar no setor residencial tenha aumentado cerca de 237% no mesmo período.

O aumento da demanda energética no período foi acompanhado por períodos de seca e baixo nível nos reservatórios de usinas hidrelétricas, cenário que obrigou o acionamento de usinas movidas a carvão e óleo diesel, emitindo mais poluentes para a atmosfera para atender uma demanda crescente de energia. Não à toa, os horários de pico no consumo de energia no Brasil são nos períodos mais quentes do dia, momento que se faz necessário o maior uso de climatizadores. Além disso o ar-condicionado necessita de um gás para realizar a refrigeração do ar, os principais gases usados para a refrigeração são o R-22 e o R-410A, ambos possuem um potencial de aquecimento global de 1810 e 2090 vezes pior que o carbono, possuindo alto nível de retenção de calor na atmosfera.

Sabemos que a temperatura de conforto térmico para trabalhadores é de 24°C com variação de 2 graus a mais ou menos, conforme a NBR 16.401 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e que cada grau a menos no ar-condicionado aumenta o consumo de energia em cerca de 7%. Portanto a melhor forma de economizar na conta de energia é realizar o uso do ar-condicionado em temperaturas de conforto térmico e sempre realizar a manutenção preventiva do seu equipamento.

 

Referências:

A maior temperatura já registrada esse ano: 44,3°C no Brasil Central! Até quando vai durar essa onda de calor no país? (tempo.com)

Onda de calor: qual é o peso do uso de ar-condicionado, climatizador e ventilador na conta de luz? (infomoney.com.br)

2023 foi o ano mais quente já registrado nos últimos 100 mil anos, diz observatório europeu | Meio Ambiente | G1 (globo.com)

Microsoft Word - NT AC_VF_Dez2018_V1.docx (epe.gov.br)

Microsoft Word - Global-Warming-Potential-Values.docx (ghgprotocol.org)

 

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