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Cidades congestionadas – as soluções para a mobilidade urbana

09 / 06 / 2023 A Eco Response

O que você faria se tivesse 21 dias a mais no ano? 21 dias totalmente livres e sem compromissos como trabalho, escola, compras e outros afazeres. 

Num primeiro momento parece inimaginável ganharmos 3 semanas a mais em um ano, mas esse é o tempo que os brasileiros residentes em capitais passam por ano dirigindo. Foi o que mostrou a pesquisa Mobilidade Urbana 2022, conduzida pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito.

Embora seja um número assustador, o tempo médio do brasileiro ao volante caiu quase 20%, se comparado com o mesmo levantamento de 2017. A pandemia nos trouxe uma nova realidade de compras e serviços online e o trabalho remoto ou híbrido, impactando diretamente na mobilidade urbana dos brasileiros. Mas isso não significa que nossas vias de trânsito não possuem problemas.

A mesma pesquisa mostrou que o tempo médio gasto no trânsito por todos os brasileiros, considerando capitais e cidades do interior, é de 64 minutos por dia. 

  • 28% dos entrevistados levam de 30 minutos a 1 hora por dia no trânsito;

  • 32% gastam de 1 a 2 horas;

  • 40% ficam menos de 30 minutos ou mais de 2 horas dentro dos carros.

O levantamento também mostra qual o meio de locomoção mais utilizado pelos brasileiros. Enquanto o ônibus é o modal mais frequente para ir e voltar do trabalho e faculdade/escola, o carro é o meio de transporte favorito para deslocamentos de lazer e compras. Considerando todos os trajetos e usos, os meios de transportes mais usados pelos brasileiros são:

  1. Ônibus: 49,6%

  2. Carro: 32,3%

  3. A pé: 21,6%

  4. App de transporte: 16%

  5. Moto: 11,1%

  6. Metrô: 11%

  7. Trem: 4,8%

  8. Bicicleta: 4,4%

  9. Outros: 3,1%

Embora a maior parte dos deslocamentos dos brasileiros ocorra por meio de transportes coletivos como ônibus, metrô e trem, a mobilidade urbana ainda beneficia e é planejada para os carros. Dados da Europa e dos Estados Unidos mostram que 50% do espaço urbano é ocupado com sistemas viários, vagas de estacionamento e outros serviços para carros. 

Os carros ocupam 50% das vias de trânsito, transportam em média 1,5 pessoas por veículo e passam 92% do tempo parados, 5% do tempo rodando, 1,6% do tempo procurando local para estacionar e 1% parado em congestionamentos. Além da alta taxa de ocupação por veículos de uso único como os carros, as principais vias urbanas são usadas integralmente apenas durante 5% do tempo, apenas nos horários de pico. 

Mesmo com o menor tempo ao volante, os brasileiros ainda passam muito tempo no trânsito em sistemas ineficientes e que são centrados no uso de carros. Abaixo mostramos 4 soluções possíveis para a melhoria da mobilidade urbana:

  • Uso de bicicletas: além de ser uma alternativa excelente para o meio ambiente, pois não emite gases de efeito estufa, a prática de exercícios contribui para a melhora da saúde. O investimento em ciclovias e ciclofaixas é essencial para o estímulo ao uso da bicicleta nas cidades em trajetos curtos e médios. Em cidades com trânsito congestionado, o deslocamento com bicicleta costuma ser mais rápido que ônibus e carros, além de ser até 6 vezes mais barata que o mesmo trajeto feito de carro.

  • Sistemas integrados de transporte: o favorecimento e incentivo ao transporte público é uma das maiores ferramentas para a melhoria da mobilidade urbana. Várias capitais e cidades possuem sistemas de bilhetagem eletrônica com integração entre trem, metrô, balsas e ônibus. A criação de faixas exclusivas para ônibus em bairros e vias de grande movimento favorece o trânsito e diminui o tempo de deslocamento dos transportes públicos.

  • Uso da tecnologia: os aplicativos de transporte chegaram ao Brasil em meados de 2016 e 2017 e desde lá revolucionaram nossa forma de deslocamento. Embora sejam carros que fazem esses trajetos, temos a opção de usar em viagens compartilhadas e o veículo passa boa parte do dia rodando e usufruindo do sistema viário e desafogando as vias com carros que fariam apenas um deslocamento no dia e ocupariam várias vagas de estacionamento.

  • Políticas públicas: o poder público (municipal, estadual ou federal) pode e deve propor políticas públicas de incentivo aos transportes coletivos, incentivos a veículos menos poluentes, alternativas de transporte compartilhado, criação de ciclovias, faixas exclusivas para ônibus, restrição de circulação de carros em locais e horários.

 

A mobilidade urbana é complexa e não possui apenas uma solução. São várias alternativas que devem ser colocadas em práticas por todos os atores da sociedade para que tenhamos um trânsito mais livre, menos poluente e menos tempo preso no trânsito.

 

Referências:

https://www.portaldotransito.com.br/noticias/mobilidade-e-tecnologia/pesquisa-mostra-que-moradores-das-capitais-do-pais-gastam-em-media-2h-por-dia-no-transito/

 

https://materiais.cndl.org.br/pesquisa-mobilidade-urbana-no-brasil-2022-bloco-1#rd-form-joq3m2m5

 

https://frotas.localiza.com/blog/solucoes-mobilidade-urbana

 

https://oeco.org.br/reportagens/25390-andar-de-bicicleta-e-6-vezes-mais-barato-do-que-de-carro/#:~:text=%E2%80%9CEssa%20velocidade%20comparativa%20foi%20feita,nas%20vias%E2%80%9D%2C%20afirma%20Coelho.

 

https://www.mobilize.org.br/estatisticas/72/desperdicios-estruturais-gerados-pelo-automovel.html

 

https://summitmobilidade.estadao.com.br/guia-do-transporte-urbano/como-melhorar-a-mobilidade-urbana-no-brasil/



 


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