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Fim da vida de produtos eletrônicos: o que acontece com computadores e celulares?

22 / 07 / 2022 Curiosidades

Eletrônicos portáteis como celulares e notebooks fazem parte de nossas vidas. Seu papel se tornou tão fundamental que já não nos imaginamos sem eles, seja para o lazer, trabalho, para a comunicação com parentes e amigos, jogos online, diversão, estudos, relacionamentos e uma variedade de finalidades inimagináveis. 

 

Se no início dos anos 2010 o uso desses dispositivos eletrônicos pessoais já era muito difundido, com a pandemia de covid tudo isso foi potencializado. De uma hora para outra ficamos presos em casa, mas ainda com necessidade de trabalho, comunicação e estudos e tivemos que nos adequar a essa nova realidade. Atualmente, o Brasil conta com mais de 240 milhões de celulares, contra apenas 214 milhões de habitantes, mais de um celular por pessoa. 

Estudos indicam que para cada aparelho de televisão vendido, mais 3 celulares são adquiridos ao mesmo tempo. Se somarmos a isso outros aparelhos como tablets, são 447 milhões de dispositivos eletrônicos no Brasil, conforme pesquisa da FGV. Isso é refletido em vendas, em 2021 a venda de celulares aumentou 27% e em 2022 o crescimento deve ser superior a 10%. 

 

Mas depois que esses produtos deixam de funcionar, o que acontece com eles? 

Todo mundo tem em casa um celular velho com a bateria viciada ou um notebook que não funciona direito. Quase 50% dos aparelhos eletrônicos apresentam defeitos antes dos 2 anos de vida, de acordo com pesquisa realizada no Brasil no início de 2014. Isso reflete um termo que você já deve ter ouvido falar, a tal da “obsolescência programada”, quando um produto sai de fábrica para durar um período X de anos ou meses, a ponto de que fique mais barato comprar um novo do que consertar.

Depois que deixam de funcionar, os eletrônicos, assim como os demais resíduos, podem ter 2 destinos: descarte incorreto junto aos demais resíduos ou o reaproveitamento das partes/reciclagem. 

O Brasil é o sétimo maior produtor de lixo eletrônico no mundo e pouco aproveita esses materiais, encaminhando-os diretamente para aterros sanitários ou lixões, deixando à deriva para contaminação do solo e do lençol freático com metais pesados como chumbo, bromo e cádmio. 

A logística reversa desse tipo de produto está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei federal 12305/2010), mas pouco se vê iniciativas que realmente façam com que esses materiais voltem aos fabricantes. É mais comum vermos iniciativas pontuais de empresas ou órgãos públicos coletando esses materiais. 

Após a coleta os resíduos eletrônicos são desmontados e separados por partes, conforme sua tipologia: metal, vidro, plástico e circuitos eletrônicos. Os resíduos plásticos, como as carcaças são geralmente triturados e voltam à cadeia produtiva, assim como metais e vidros. Já os circuitos eletrônicos podem ser vendidos para a extração de metais (estima-se que para conseguir 1 kg de ouro sejam necessários mais de 38.000 celulares), por processos automatizados ou ainda para incineração e geração de energia. Além disso, metais podem ser obtidos, como ouro, prata, cobre, chumbo e outros metais valiosos. 

 

Seja qual for a destinação usada: reciclagem, reaproveitamento ou incineração, o mais importante é que o consumidor faça o seu papel e questione os fabricantes sobre pontos de entrega voluntária para os seus resíduos, dessa forma poderemos diminuir o impacto ambiental desses bens tão necessários em nossas vidas cotidianas.

 

https://www.tecmundo.com.br/celular/110428-quantos-smartphones-precisariam-desmontados-extrair-1-kg-ouro.htm

https://www.cnnbrasil.com.br/business/brasil-tem-mais-smartphones-que-habitantes-aponta-fgv/

https://www.ecycle.com.br/reciclagem-de-eletronicos/

https://www.meupositivo.com.br/panoramapositivo/obsolescencia-programda/

 


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